Lidar com diferentes egos numa equipa de futebol não parece fazer muita diferença para Paulo Bento. "Há aspectos muitos mais determinantes para que se possa liderar da melhor forma", defende o Seleccionador Nacional, que resolve o problema com um simples olhar pela janela.
"No céu nunca há uma estrela. Todas as equipas têm elementos com diferentes características. É preciso encaminhá-las para o mesmo objectivo. No futebol devia ser fácil. Tudo se faz em equipa. Nenhum jogador, por muito bom que seja, resolve sozinho. Temos é de respeitar as características de cada um. Devemos tratar todos com seriedade e respeito, mas não tratar todos da mesma forma, pois as pessoas são diferentes", defendeu o técnico das quinas, numa aula aberta promovida no ISPA (Instituto Superior de Psicologia Aplicada), no âmbito da pós-graduação em treino de liderança e desenvolvimento de equipas.
Paulo Bento entende que a criação de sub-grupos "é inevitável", mas apenas isso não representa algo de negativo. "Pode ser por relações familiares, por nacionalidade ou por idades. A função do líder é saber de que forma isso pode afectar. Pode haver, por exemplo, o sub-grupo dos que não jogam. É preciso é estar atento."
Por ser um treinador jovem, Paulo Bento sabe o que é liderar jogadores que foram seus colegas de equipa ou mesmo adversários. Alguns jogadores seus tratam-no por "tu", mas o Seleccionador Nacional não sente a liderança em causa: "Têm de existir as devidas distâncias. Mas não penso que o respeito tenha a ver com o tratar por tu. É melhor tratar por tu e respeitar do que tratar por você e não respeitar."
Sem comentários:
Enviar um comentário
Comente este artigo